Entre academias lotadas, skincare minimalista e acessórios virais, o autocuidado deixou de ser rotina e se transformou em tendência coletiva.
O wellness deixou de ser só academia e dieta. Hoje, cuidar de si envolve moda, suplementos, skincare e até apps de autocuidado. Mais do que treinar, o público quer mostrar que pertence a esse lifestyle. No Instagram e no TikTok, rotinas de skincare pós-treino, smoothies e banhos gelados se tornaram parte da estética do autocuidado.
O mercado fitness brasileiro já movimenta R$ 8 bilhões por ano, colocando o país como o segundo no mundo em número de academias, atrás apenas dos Estados Unidos (IHRSA). Esse cenário tornou o wellness um terreno fértil para branding e marketing. Não é apenas sobre vender um tênis ou uma garrafa térmica: trata-se de criar uma narrativa em que o consumidor se vê inserido.
Para as marcas, esse público representa mais do que saúde: é consumo, pertencimento e lifestyle. Cada produto é uma oportunidade de se conectar com consumidores que buscam identidade, estética e bem-estar integrados. O investimento das marcas nesse universo não é passageiro, eles entendem que criar experiências que reforcem a sensação de comunidade e autoestima é tão importante quanto oferecer produtos. O wellness, portanto, se consolidou como uma estratégia de marketing.
Se antes hidratar a pele era apenas questão de beleza, hoje o skincare se tornou um verdadeiro símbolo de autocuidado e pertencimento. Máscaras faciais pós-yoga, séruns antioxidantes, protetores solares com apelo fashion e produtos que promovem glow natural fazem parte de um ritual que combina saúde, prazer sensorial e performance estética.
Tendências como o skinimalism com rotinas simples, porém eficazes, e a clean girl aesthetic, uma pele glow, coque baixo, roupas neutras, reforçam que menos é mais. Além disso, o skincare integrado ao wellness mostra como hábitos diários podem ser transformadores, indo além da aparência e influenciando autoestima, confiança e sensação de energia.
Mais da metade dos brasileiros afirma que saúde mental é uma das principais motivações para adotar rotinas de bem-estar. É por isso que apps de meditação e run clubs caminham lado a lado com skincare e treinos. O wellness virou um movimento de pertencimento. Estar dentro desse estilo significa adotar hábitos, mas também comunicar quem você é.
O bem-estar hoje é tendência, estética e negócio. Mais do que cuidar de si, é sobre sentir-se incluído em um grupo que valoriza equilíbrio, estilo e autocuidado.
