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Alta-Costura Fall/Winter 2025-26

Alta-Costura Fall/Winter 2025-26

18 Jul

Descubra os desfile mais marcantes, mais comentados e as criações que roubaram a cena na semana de Alta-Costura Fall/Winter 2025-26.

A Semana de Alta-Costura de Paris sempre foi sinônimo de tradição, exclusividade e savoir-faire. Mas, entre estreias históricas, despedidas emocionantes e desfiles que fundiram arte, ciência e emoção, a couture deu um passo ousado rumo a um novo amanhã!

Mudanças da temporada

Depois de duas décadas de relativa estabilidade, a alta-costura passou por uma virada estrutural. A Dior não participou da temporada, pausando os desfiles para a chegada de Jonathan Anderson como novo diretor criativo da maison


Na Chanel, a ausência de Virginie Viard deixou a direção nas mãos de uma equipe interna, resultando em uma coleção técnica, porém sem grandes rupturas. Em outubro, Matthieu Blazy assume o comando criativo, e estamos ansiosos para a nova era da Chanel.


Entre estreias, Glenn Martens tomou as rédeas da Maison Margiela, sucedendo John Galliano em uma das transições mais simbólicas da alta-costura contemporânea. Já Iris Van Herpen marcou seu retorno oficial ao calendário com um desfile multisensorial inesquecível.

E claro, houve também uma despedida: Demna apresentou seu último desfile à frente da Balenciaga, encerrando uma era disruptiva e se preparando para assumir a direção criativa da Gucci.

Abaixo, reunimos os principais desfiles da temporada, com os destaques criativos, as macrotrends e tudo que você precisa saber!

Schiaparelli

No Petit Palais, Daniel Roseberry apresentou uma Schiaparelli provocante e escultural em "Back to the Future", onde o corpo virou armadura e símbolo de desejo. Ombros acentuados, corsets, bustiers anatômicos, cinturas esculpidas e quadris marcados criaram silhuetas que misturavam desejo e sensualidade.


As joias reforçaram a estética surreal-cyberpunk da temporada. O colar em forma de coração que pulsava como se tivesse vida própria tornou-se o destaque do desfile, enquanto acessórios metalizados maximalistas e ombreiras rígidas evocavam uma heroína futurista e dramática.

Iris Van Herpen

No Élysée Montmartre, Iris Van Herpen nos transportou para uma dimensão onde a moda respira, pulsa e reage. Um vestido com 125 milhões de algas bioluminescentes, abrigado em uma cápsula com controle climático, foi o ápice de uma experiência onde natureza, ciência e moda coexistem.


As transparências tecnológicas, as formas etéreas e os materiais biofabricados reforçaram a tendência da natureza reinterpretada como design futurista.

 

Maison Margiela

No subterrâneo do Le Centquatre, Glenn Martens fez sua estreia com um desfile que resgatou o espírito original da casa e o empurrou rumo a uma estética gótica, melancólica e desconcertante.


Camadas de tule queimado, jeans com tinta a óleo e florais em decomposição fizeram eco à tradição do upcycling da maison. Um vestido bordado com bijuterias descartadas remetia ao flapper chic, enquanto peças cobertas com plástico ou duchesse metálico lembravam estética futuristas. As tendências captadas? Babados, luvas, golas vitorianas e uma ode ao romantismo sombrio como antítese do quiet luxury.

Chanel

No Grand Palais, Chanel apresentou uma coleção contida, quase um portfólio técnico de savoir-faire. Inspirada discretamente nas Terras Altas escocesas, a coleção apresentou tweeds em tons de neve, bordados com efeito de neve e tules desfiados que evocavam leveza.


A cartela dominada pelo branco e preto traduziu as cores clássicas da temporada, enquanto a estética escocesa reinterpretada trouxe o tradicional com leveza. Foi um desfile de transição, em que a ausência de uma direção forte deixou espaço para a expectativa do que está por vir com Blazy.

Zuhair Murad

Inspirado pela Era de Ouro de Hollywood, Zuhair Murad apresentou uma coleção marcada por ombros estruturados, capas fluidas e vestidos dourados dignos do Oscar. A tendência dominante? O retorno da extravagância, com paetês, transparências e tecidos que lembravam troféus lapidados.


A cartela foi dominada por dourados radiantes, paetês e transparências, em um retorno ao glamour maximalista. Um marco importante foi a introdução de peles falsas bordadas, que trouxeram sofisticação à passarela.

Elie Saab

"The New Court" nos transportou para um universo de elegância, onde o rococó se encontrou com a leveza e o frescor da alta-costura contemporânea. Longe de ser uma simples homenagem histórica, a coleção foi uma reinterpretação vibrante do mundo extravagante de Maria Antonieta, desta vez, voltada para uma nova geração de noivas e sonhadoras que desejam um conto de fadas sob medida.


A coleção trouxe silhuetas pannier, laços estruturados, capas e golas bordadas evocaram uma realeza jovem e encantadora. A cartela seguiu a tendência dos tons pastel: rosa, azul e amarelo, mas também aos clássicos off-white, preto e brilhos.

Balenciaga

Em seu último desfile de alta-costura para a Balenciaga, Demna apresentou uma coleção marcada por alfaiataria precisa, vestidos, trench coats, jaquetas bomber e uma estética gótica refinada. Sem exageros, apenas proporções extremas, corsets sem barbatanas e peças moldadas com uma construção impecável.


A beleza gótica e os looks que ecoavam o universo Addams Family refletem uma tendência crescente de romantismo gótico, presente também em outras maisons. A sobriedade da passarela contrastava com o lookbook feito nas ruas de Paris, mostrando que a alta-costura deve, sim, viver fora dos salões. Foi um adeus silencioso, mas cheio de personalidade, e com gosto de recomeço.

Giorgio Armani Privé

Mesmo ausente por motivos de saúde, Giorgio Armani deixou sua assinatura intacta em Noir Séduisant, uma ode à elegância atemporal do preto. O preto absoluto dominou a passarela, mas foi pontuado por brilhos sutis, lantejoulas, cristais e apliques minuciosos criaram um reflexo refinado que ofereceu um contraponto ao minimalismo da coleção.


Silhuetas alongadas, cinturas definidas, mangas pagode, veludos e peplums moldaram uma proposta precisa, livre de modismos. O preto total, presente também em outras maisons, reafirmou-se como a grande cor da temporada.

 

A temporada Fall/Winter 2025-26 não apenas desfilou vestidos deslumbrantes, mas revelou uma indústria em transformação: mais aberta à experimentação, à sustentabilidade e à emoção como linguagem estética.

Graduanda em Moda, formada em Consultoria de Imagem e Coloração Pessoal. Fascinada pelo universo fashion, tendências e pesquisas de moda. Apaixonada por fotografia, viagens, música, Disney e Van Gogh.


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