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SPFW: TUDO SOBRE A 51ª EDIÇÃO DO EVENTO

01 Jul

Confira os destaques da semana de moda brasileira que contou com 43 marcas.

Terminou neste domingo (27) mais uma edição da São Paulo Fashion Week, o maior evento de moda do país e da América Latina. A semana que teve início no dia 23 de junho foi realizada mais uma vez em formato totalmente online, a exemplo do que ocorreu em 2020, devido à pandemia de coronavírus. Com transmissão ao vivo pelas redes sociais da SPFW, o line-up contou com 43 marcas, entre estreantes e veteranos, e apresentação de nomes como a jornalista Lilian Pacce e as modelos Carol Ribeiro e Natasha Soares.

Sob o tema “Regeneração”, a programação da temporada trouxe dez novos nomes: Anacê, Carol Bassi, Esfér, Igor Dadona, Neith Nyer, Rocio Canvas, Ronaldo Silvestre, Soul Básico, Victor da Justa e Weider Silveiro. Walério Araújo, figura consagrada na moda, também marcou a edição comemorando seus 30 anos de carreira. Outro destaque foi a participação do projeto Sankofa, coletivo de estilistas negros com oito marcas, uma iniciativa da plataforma Pretos na Moda e da startup de inovação social VAMO, com apoio do INMOD (Instituto Nacional de Moda e Design). 

O Festival SPFW+ Regeneração foi mais uma das novidades, que ocorreu com uma programação paralela de lives, promovendo discussões em torno dos cinco pilares do evento: sustentabilidade, diversidade, protagonismo feminino, inovação e cultura. Com curadoria de Marcello Dantas, o festival terá ainda encontros criativos ao longo do ano, que irão resultar em instalações artísticas que ocuparão a cidade em novembro durante a temporada da SPFW 52.

CONFIRA ALGUNS DOS HIGHLIGHTS DA SPFW 51:

PROJETO SANKOFA

Um dos grandes destaques foi a estreia do projeto Sankofa, composto por oito marcas comandadas por pessoas negras: Ateliê Mão de Mãe, Az Marias, Meninos Rei, Mile Lab, Naya Violeta, Santa Resistência, Silvério e Ta Estudios. Todas receberam consultoria de nomes veteranos no evento e suporte profissional. A iniciativa vai de encontro com a exigência da SPFW de que 50% dos modelos participantes sejam negros ou indígenas, trazendo mais diversidade para a moda e visibilidade para esses grupos. Com diversas referências afro-brasileiras na passarela, os desfiles do Sankofa chamaram a atenção. Meninos Rei apresentou peças vibrantes e estampadas que exaltaram a ancestralidade dos criadores em uma homenagem ao orixá Exú. Naya Violeta, a primeira marca do Centro-Oeste na SPFW, estreou sua coleção “Foguete” inspirada no fogo e com referências ao candomblé e ao cerrado. Já o Ateliê Mão de Mãe exibiu itens em crochê em uma releitura urbana. 

ANACÊ

Estreante nas passarelas, a Anacê, de Ana Clara Watanabe e Cecília Gromann, trouxe um novo olhar sobre a alfaiataria, sua marca registrada, em peças que também unem um design atemporal e sem gênero. Na coleção “Ruta” (nome científico da planta arruda), apresentou uma reflexão sobre espiritualidade, tecnologia, moda e autocuidado, tudo em meio ao contexto atual. As peças surgiram com modelagens maxi e confortáveis e toques esportivos. 

ESFÉR

Primeira marca de joalheria no line-up da SPFW, a Esfér apostou em itens minimalistas e atemporais em ouro e prata. Anéis, brincos, colares, pulseiras e ear cuffs desenvolvidos pela dupla João Viegas e Aldo Miranda brilham no fashion film, que conta ainda com peças de tricot da marca mineira Coven, em looks criados especialmente para o desfile pela estilista Isabela Moura e por Victor Borges. 

PONTO FIRME

Liderado pelo estilista Gustavo Silvestre, o projeto social Ponto Firme oferece, desde 2015, formação técnica em crochê para pessoas em situação de privação de liberdade da Penitenciária Desembargador Adriano Marrey, em Guarulhos (SP). Em sua quarta participação na SPFW, a marca apresentou mais uma vez itens desenvolvidos por reeducandos da iniciativa, junto de Gustavo. A coleção foi confeccionada a partir de descarte têxtil e de peças reaproveitadas de doações e acervo, ressignificadas com técnicas de crochê e transformadas em 30 looks - cada um desses para acompanhar as máscaras artísticas produzidas pelo artesão Anderson Figueiredo, ex-participante do projeto e egresso do sistema prisional, e que inspiraram as criações. 

WALÉRIO ARAÚJO

O estilista celebrou seus 30 anos de carreira com o desfile “Minha História”, que teve como cenário sua casa na capital paulista, no edifício Copan. O ícone da arquitetura moderna de Niemeyer surgiu como estampa de um dos vestidos mais marcantes da coleção, assim como a mãe de Walério. Outros itens reforçam sua estética carnavalesca e noturna e traduzem personagens importantes na sua trajetória, como a cachorrinha Mazé, representada por uma peça feita de miçangas. O fashion film ainda teve a participação de pessoas LGBTQIA+, uma marca do trabalho de Walério. 

FLÁVIA ARANHA

A estilista encerrou o evento na noite de domingo com “Sopro”, seu filme-coleção que traduziu exatamente a temática da edição 51, "Regeneração" - e que também vai de encontro com o DNA sustentável da marca e de Flávia, que sempre questionou o fazer e consumir moda. “Esse filme é um devaneio utópico em tempos distópicos. Um olhar sensorial e atemporal para a vida que nos atravessa [...]”, definiu ela. Passando pelos conceitos de ar e dos ciclos da vida e atravessada ainda pela crise sanitária, a coleção foi criada a partir dos resíduos acumulados pela marca durante o último ano de pandemia, somando quase 500 kg que se transformaram em roupas. Destaque para as peças em patchwork feitas em parceria com as Artesãs de Muquém (GO) e Artesãs de Maciel (MG) e o uso de materiais como casca de cebola, semente de abacate, palha de milho, caldo de arroz negro e feijão para tingir os itens e criar a paleta da coleção. 


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