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MODA E OLIMPÍADAS: UNIFORMES FASHIONISTAS, PROTESTOS E MAIS

05 Ago

Conheça os trajes dos atletas nos jogos de Tóquio e saiba mais sobre o debate em torno de questões de gênero.

Até o próximo domingo (8), os olhos do mundo estão voltados para a capital japonesa. Os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, transferidos para este ano devido a pandemia de Covid-19, tiveram início em 23 de julho e vão ficar marcados pela ausência de público, pelo uso de máscaras, mas também pela celebração de união dos povos em prol do esporte depois do planeta enfrentar a maior crise sanitária da atualidade. Além, claro, das competições em 46 modalidades, os uniformes das delegações chamam a atenção e alguns são inclusive assinados por grandes nomes da moda. Mais do que funcionalidade e performance, os trajes também representam as nações e são uma vitrine mundial para diversas marcas e grifes. Saiba mais sobre algumas das vestimentas olímpicas e os estilistas responsáveis.

BRASIL

A delegação brasileira conta com uniformes desenvolvidos pela empresa chinesa Peak Sports, patrocinadora oficial do Comitê Olímpico do Brasil (COB). São 39 mil itens, entre calças, agasalhos, camisas, bermudas, tops, bonés, bolsas e calçados, confeccionados nas cores da bandeira nacional e em fibras 100% poliéster com textura mais fina para suportar as altas temperaturas do verão japonês. A rede de fast fashion Riachuelo ficou responsável pelos trajes casuais dos atletas.

Já para a cerimônia de abertura, a carioca Wöllner criou peças com elementos da flora e fauna brasileiras e traços do desenho japonês, usadas pelos porta-bandeiras Bruninho do vôlei e Ketleyn Quadros do judô. A Havaianas ainda vestiu os pés dos esportistas com um modelo especial desenvolvido para os Jogos. O que também foi destaque foram os uniformes da Seleção Brasileira Olímpica de Skate feitos pela Nike. O esporte estreante em Tóquio gerou desejo com as roupas vestidas pelos atletas, como a calça cargo usada pela fadinha e medalhista de prata, Rayssa Leal, na final do skate street feminino.

LIBÉRIA

Apesar de ter levado apenas cinco atletas para Tóquio, o país da África Ocidental possui um dos uniformes mais comentados. Assinadas pelo estilista nova-iorquino e filho de liberianos, Telfar Clemens, as 70 peças sem gênero trazem as cores da bandeira da Libéria - azul, branco e vermelho. De acordo com o The New York Times, a parceria surgiu por intermédio do velocista Emmanuel Matadi, que resolveu entrar em contato com o estilista após ouvir sua namorada falar sobre as desejadas bolsas de Clemens. 

ESTADOS UNIDOS

Desde 2008, a grife Ralph Lauren veste a delegação nas cerimônias de abertura e, neste ano, não seria diferente. As peças da coleção são fabricadas a partir de materiais sustentáveis e tem inspiração naval, lembrando os trajes da marinha norte-americana. Nas cores clássicas da bandeira, ainda estampam o cavalinho da marca. O destaque é a tecnologia autorregulável de resfriamento da temperatura corporal criada exclusivamente para a equipe e que está incorporada em forma de um dispositivo em uma das jaquetas do uniforme, a Flagbearer. As equipes femininas olímpicas e paraolímpicas também contam com roupas íntimas, pijamas e trajes de banho da marca de roupas e underwear Skims, de Kim Kardashian. 

FRANÇA

O próximo país-sede das Olimpíadas de 2024, a França tem uniformes nas cores da bandeira criados pela Lacoste - fundada por René Lacoste, tenista e medalhista olímpico. As peças fazem referência à cultura japonesa, como a capa impermeável inspirada nos quimonos e que ainda leva para os esportes a tendência oversized. 

ITÁLIA

Assinados por ninguém menos que Giorgio Armani, os uniformes da delegação italiana foram apresentados pela primeira vez na passarela de Milão junto com a coleção Primavera/Verão 2020 da Empório Armani. Os agasalhos trazem na parte frontal uma forma circular em homenagem à bandeira do Japão, mas nas cores da Itália, e ainda a inscrição “Fratelli d’Italia” (Irmãos da Itália), primeiro verso do hino nacional. 

CANADÁ

Uma das coleções mais inusitadas e com uma pegada bem streetwear, a linha de uniformes canadense foi desenvolvida pela Hudson Bay em colaboração com a Levi’s - e, por isso mesmo, tem o jeans como material principal. De acordo com as marcas, os trajes foram criados para serem inclusivos e neutros de gênero. As peças estampam grafites e outros detalhes customizados que celebram o Canadá e também o país-sede dos Jogos Olímpicos.

O DEBATE EM TORNO DE QUESTÕES DE GÊNERO

Provando que a moda e o esporte também são ferramentas políticas e sociais, a equipe feminina de ginástica artística da Alemanha se apresentou nas Olimpíadas com uniformes diferentes dos vistos comumente na modalidade. Ao invés dos collants cavados, as atletas surgiram usando uma peça inteira, um full-body-suit, cobrindo as pernas até os tornozelos. A iniciativa foi pensada para chamar a atenção para a sexualização da mulher no esporte.

O debate em torno do tema não é novo e questiona a disparidade nos trajes de homens e mulheres em competições, sem qualquer atribuição técnica ou funcional para a utilização de roupas mais justas ou decotadas por atletas femininas. Outros casos conhecidos de misoginia no esporte que vieram a público foram o da seleção feminina de handebol de praia da Noruega, multada porque as jogadoras se recusaram a vestir biquínis na partida; ou da Federação Internacional de Badminton, que obriga as atletas a usarem vestidos ou saias nos jogos. Apesar das regras infundadas impostas, a busca por igualdade no esporte é um movimento crescente e extremamente necessário - a começar pela vestimenta, por que não?


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