Netflix anunciou no início deste ano que teremos a 2º temporada do Reality Next in Fashion para a alegria geral da nação (e amantes de moda)!
Não conhece o Reality? Next in Fashion é uma competição entre 18 Designers de moda de vários lugares do mundo que estão em busca de um prêmio de US$250.000 além da possibilidade de se tornarem ícones do mundo da moda! A série em si me trouxe muitas reflexões, as quais irei compartilhar com vocês, mas se ainda não tiver assistido a primeira temporada eu já aviso, contém spoiler!
Nesta primeira temporada os participantes iniciaram tendo que trabalhar em duplas e construindo looks em 2 dias de acordo com o tema proposto pelo programa – Nessa fase podemos perceber que o desafio não era somente criar e costurar um look completo em dois dias, mas também de trabalhar em equipe, de saber expor suas ideias, de saber se comunicar com o colega e de fazer a gestão de tempo. Quem não conseguiu, foi eliminado, muito mais pela dificuldade de trabalhar em equipe do que pela criação do look em questão, afinal uma coisa está ligada a outra.
Na segunda fase do programa, as duplas restantes foram desfeitas e cada designer passou a trabalhar de forma individual, afinal de contas somente um conquistaria o prêmio, mas ainda dentro do critério de criar looks dentro de 2 dias. Aqui a gestão do tempo se faz mais necessária por estarem sozinhos. Mas outra questão que lógico, também foi muito necessária desde o início, mas que sozinho se desponta é a palavrinha da moda, essa mesmo que você está pensando, a resiliência. Driblar as adversidades que acontecem durante o percurso, conseguir agir de forma rápida e se manter no foco, foi o que fez com que 2 participantes fossem para a final (tu achaste que eu ia entregar os finalistas aqui né? Corre lá pra olhar).
Mas o ponto que me fez querer escrever este texto, além destes outros que te trouxe, foi as entrevistas com os designers que apareciam durante os desafios e a dos dois finalistas me chamaram muito a atenção. Ambos trabalhavam em suas áreas, um deles com uma marca própria e a outra em sociedade com a irmã. O primeiro finalista comentou que ele era mais empresário do que designer, que dedicava muito mais tempo aos negócios do que criar suas peças que na verdade, era a sua verdadeira paixão. A outra finalista, que tinha uma empresa em sociedade com sua irmã, comentou que a irmã era quem fazia a gestão financeira do negócio e que muitas vezes acabava limitando a criatividade da designer para que ela criasse produtos mais comerciais, ou seja, ela não podia explorar a sua criatividade e imprimir a sua identidade a loja como gostaria.
O que eu quero dizer com isso? Bom, conta aqui pra mim, você já parou para pensar se você quer ser o “Designer” ou o “empresário”? No começo de um negócio é inevitável que você seja os dois, esteja ciente. Claro, no decorrer do crescimento do seu empreendimento você poderá contratar pessoas para que você possa se dedicar a fazer mais do que gosta dentro da sua organização, mas nunca vai deixar de ser o empresário. A questão aqui é, você está disposto?
Ok, entendi! Pensando bem, quero ser só “Designer” sem o combo de “empresário”.
Beleza, mas já parou para pensar que ser somente o “Designer”, dentro de uma empresa que não é sua, você terá que seguir o padrão desta empresa? Esteja ciente que você não poderá dar a sua identidade a marca. Você seria um profissional feliz assim?
Eu sei, confundi total sua mente agora, te peço desculpas! Mas estas reflexões são necessárias para que você possa se reconhecer como profissional e saber qual é o real caminho que quer seguir. Se perceber que é ser empreendedor que você é ótimo, se perceber que não é isso que quer, ótimo também!